Caxias do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Diário online do ator Márcio Ramos - relatos, pensamentos, agenda, críticas...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

2012 para 2013 para 2014...

Hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou....
OK! Não é pra tanto.

Fim de ano chegando e 2013 se concretiza como mais um ano positivo na minha pequena trajetória.
Um monte de coisas maravilhosas aconteceram, outras não superaram minha expectativa e algumas poucas vezes tive que me retirar, pois descobrimos que com o passar dos anos não pertencemos aos locais que um ano antes considerávamos nossa casa.

Coisas boas e coisas ruins. Encontrei muita gente nova, fiz novas amizades, solidifiquei outras... E, como nem tudo é sol, mar e água de coco, tive meus momentos de desencontros e separações.

No campo profissional, foi uma solidificação dos anos anteriores... Desde 2011 venho caminhando com minhas próprias pernas, me reconstruindo, me reencontrando, me recolocando constantemente. E tem sido muito bom, um aprendizado constante.

Neste ano pude voltar a estudar, algo que fazia muito tempo que sentia vontade - mas nem sempre encontrava tempo ou condições. Comecei o ano participando do curso intensivo oferecido pelo Teatro do Encontro, com o foco no trabalho da voz e do corpo com os ministrantes Kátia Salib, Tefa Polidoro e Rafael Salib. Logo após veio a oficina de clown e os estados de jogo, com a Ana Fuchs. Depois tude participar de três aulas do curso oferecido pela argentina Ana Wolf sobre o treinamento do ator. Também iniciei o curso de Formação em Agentes Culturais, que ocorreu durante 4 meses com aulas todas as semanas, falando sobre arte, cultura, sociedade, história, economia e sustentabilidade. Ainda participei de três módulos do Modo Operativo And, ministrado pelo coreógrafo de Portugal João Fiadeiro - que simplesmente abriu minha mente para possibilidades infinitas - sobre o processo de criação (dentro e fora dele mesmo). Tive também todo o processo de orientação em Commedia Del´arte, conduzido pelo Fábio Cuelli, que foi um universo novo que se abriu no meu processo como ator. E após toda essa produção de conhecimento, me inscrevi para o curso de Pedagogia na Faculdade Anhanguera, que iniciarei em março de 2014!

No campo de produção teatral, tive a oportunidade de desenvolver diversos trabalhos antigos e novos. Comecei o ano apresentando O FAUNO na 1ª Mostra de Monólogos de Caxias do Sul, seguindo em mais duas temporadas independentes no Teatro Moinho da Estação e finalizando com a participação no 15º Caxias em Cena. Também teve a sequência do trabalho com o Grupo Teatro Sem Cortina, com duas temporadas da peça PERTURBADORAMENTE VIVOS, em dois formatos completamente diferentes, além de uma apresentação no Ponto de Cultura Teia Cultural, no bairro Kayser, como forma de descentralização do nosso trabalho independente. Neste meio tempo, tive a oportunidade de construir a peça OS POR FORA DA COUSA, apresentando no Teatro do Encontro e na Casa da Cultura. Além destes projetos, participei como ator convidado do projeto COMUNIDADE EM CONCERTO NAS ESCOLAS - QUIMETAIS, apresentando em oito escolas da rede pública de Caxias do Sul. E para emendar 2013 com 2014, recentemente iniciei o processo de construção da peça FORÇA DO HÁBITO, que será apresentada no início de 2014.

Como professor, orientador, ministrante, oficineiro, monitor - seja o nome que for dado - meu trabalho como condução de metodologias do processo do ator no aprendizado de crianças, adolescentes e adultos também teve muita produção de conhecimento da parte dos alunos e da minha parte, pois não sei dar aula sem constantemente reconfigurar o que eu sei, o que eu conheço e o que eu vivencio - e reaprender junto! Trabalhei com duas turmas adultas no TEATRO MOINHO DA ESTAÇÃO, apresentando a peça de teatro A MULHER, O HOMEM E O GUARDA-ROUPA, levando esse trabalho para o palco da Casa da Cultura, na programação do 2º FALF - Festival de Arte Livre de Farroupilha, 3ª Virada Cultural de Flores da Cunha e no próprio Teatro Moinho da Estação, em sessão dupla. Também realizei as oficinas das atividades extra-curriculares no Colégio La Salle Caxias, apresentando as esquetes teatrais DIÁLOGOS e ANOITECER, com crianças e adolescentes. E ainda tive um trabalho de março até outubro, com crianças e adolescentes da rede pública, ministrando aulas de teatro.

Ainda desenvolvo um processo que é uma espécie de quebra-cabeça, muitas atividades que se complementam, mas ainda não priorizam que nenhuma realmente tome o foco central e se desenvolva por completo. As aulas eu consigo focalizar e desenvolver todo o processo com a qualidade que eu acredito e que é necessária. Mas não é um emprego fixo - quando chegam as férias eu não "tiro férias", mas sim "fico desempregado". São estas pegadinhas que ainda não consigo encontrar uma solução.

Para 2014 planejo apenas a montagem do projeto FORÇA DO HÁBITO, um novo projeto com o TEATRO SEM CORTINA e seguir com muitas temporadas do OS POR FORA DA COUSA, COMUNIDADE EM CONCERTO, O FAUNO, retorno do IN HEAVEN, se possível.
Também já tenho em vista dois cursos de manutenção do meu trabalho de ator, com profissionais internacionais.

Espero que 2014 seja essa transição entre SEMEAR E COLHER.
Mas o mais importante é saber que trabalho com arte se constrói, se produz, se planeja... Nada cai do céu!
Teatro é Trabalho - e isso já é uma vitória!!!













quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

OS POR FORA DA COUSA na Casa da Cultura

Esta semana retornamos com a peça OS POR FORA DA COUSA, no Teatro Municipal Pedro Parenti, para duas novas sessões.
Nos dias 05/12 (quinta-feira) e 08/12 (domingo), sempre às 20h 30min.
Ingressos R$20,00 (meia-entrada para estudantes, sênior e classe artística).

Projeto financiado pelo Prêmio Anual de Incentivo à Montagem Teatral, da Secretaria da Cultura de Caxias do Sul.



Temporada "A Mulher, o Homem e o Guarda-Roupa" - Alunos do TME

Novembro de dezembro está sendo um mês de atividades intensas para os alunos de teatro do Teatro Moinho da Estação.

Estreamos nossa peça "A MULHER, O HOMEM E O GUARDA-ROUPA" no dia 17 de Novembro (domingo), no Teatro Municipal da Casa da Cultura, com o teatro lotado (ok, faltaram 13 pessoas, exatamente, para termos lotação máxima).

Após essa incrível apresentação, seguimos com a seguinte agenda:

*02/12 (segunda-feira) - A MULHER, O HOMEM E O GUARDA-ROUPA participando do 2º FALF - Festival de Arte Livre de Farroupilha, na praça da Matriz, às 19h 10min.

*07/12 (sábado) - A MULHER, O HOMEM E O GUARDA-ROUPA participando do 3º Virada Cultural de Flores da Cunha, em horário alternativo - 00h 50min.

*14/12 (sábado) - A MULHER, O HOMEM E O GUARDA-ROUPA retorna para Caxias do Sul, em sessão dupla no próprio Teatro Moinho da Estação, às 19h e às 21h. Somente 40 ingressos por sessão.  Ingressos: R$10,00 (valor integral do ingresso será doado para alimentação de cães e gatos abandonados)


Quem perdeu, ainda dá tempo de conferir!!!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Eu acho de DANCEI....

Faz muito tempo que não escrevo aqui no blog desabafando coisas e situações... Mas infelizmente as coisas/pessoas são de um amadorismo sem precedentes, que não consigo ficar sem uma reação à altura das ações equivocadas.

O conto que vocês irão ler a seguir é COMPLETAMENTE ficcional SIM. Não é baseado em ABSOLUTAMENTE NADA dos fatos vivenciados por este que vos escreve.

"EU ACHO QUE DANCEI...

Por 04 anos trabalhei em uma instituição onde, em seu nome havia a palavra ESCOLA, fui muito feliz pela oportunidade de um trabalho contínuo com crianças de 08 até adolescentes de 16 anos.
Esta ESCOLA se denominava "ensino livre", com foco neste tipo de CULINÁRIA desenvolvido pelas fusões de ingredientes diferentes e elementos atuais de pesquisas. Eu ministrava aulas de CULINÁRIA - pois é o que eu ensino em todos os locais em que dou aula: "Técnicas de Como Fazer Comida Boa em Casa", né?
Eis que após 3 anos trabalhando ali e fazendo MUITA COMIDA BOA, CASEIRA, SEM AGROTÓXICOS, CONSERVANTES E COM MUITO AMOR (nunca usei Sazon), apareceu uma CHEF DE COZINHA QUE ESTUDOU NO EXTERIOR.
Uh la la!!! Ela veio da FRANÇA - e lá na França tudo era perfeito. Maravilhoso. Essa Chef de Cozinha ficaria encarregada por organizar a ordem das receitas que seriam executadas na MOSTRA DE COMIDAS TÍPICAS DA ESCOLA.
Que bom, essa Chef tinha uma oratória maravilhosa, que incentivou todos os professores, na sua primeira reunião, em tornarem as aulas mais "atrativas e dinâmicas" para as crianças. Após a primeira semana de aula, ouço esta Chef dizer na secretaria da ESCOLA: "Eu não aguentei, logo na primeira aula eu olhei pra uma criança e disse "CALA A BOCA, FICA QUIETA!", pois eu não conseguia dar aula. Estas crianças precisam de limites!" - lembro que logo pensei comigo: "Nossa, como o discurso teórico dela não se aplica nada ao modo prático dela!".
Mas tudo bem, pensei eu - afinal, ela veio da FRANÇA!
Passam alguns meses e esta chef de COZINHA nos informa que a MOSTRA DA ESCOLA no final do ano iria mudar. Não iriamos mostrar receita após receita. Iriamos deixar os elementos/ingredientes se misturarem mais para encontrarmos uma forma diferenciada de exposição do conhecimento adquirido pelos alunos. Pensei na hora: "Mas que maravilha! Eis uma proposta interessante."
Com duas turmas desenvolvi a seguinte atividade:
*Com papel branco sem identificação e canetas da mesma cor, entreguei para cada criança colocar no papel todos seus pensamentos sobre: pq elas comem? pq elas cozinham? pq elas querem fazer comida? que tipo de alimento elas gostam? se um alimento falasse, o que ele iria dizer?...
*Com estas perguntas, solicitei que os alunos soltassem a mente e anotassem todo pensamento que viesse na mente, referente todas as perguntas.
*Nenhum aluno assinou seu trabalho e todos entregaram ele virado para baixo, para que ninguém soubesse quem escreveu cada trabalho.
*Com estes textos, a proposta seria lermos em voz alta e selecionarmos uma frase de cada texto - para criarmos um novo texto fragmentado referente ao MODO DE COZINHAR de cada uma delas.
*Com este novo texto, escrito por todas, com pedacinhos verdadeiros das inquietações mais puras contidas naqueles FRASCOS PEQUENOS contendo QUILOS de conhecimento, iniciamos a composição desta nova receita.
*Com esta nova receita, escrita por todas, separei uma frase para cada aluno. Com esta nova frase eles iriam descobrir cada ingrediente existente naquele pequeno texto - e descobrir maneiras de apresentar aquela RECEITA com sua voz, seu corpo, seu olhar.
*Aqui, cada aluno começou a criar. Cada um com uma orientação minha - a turma A iria usar ingredientes que eles usavam nas outras aulas de CULINÁRIA. - a turma B iria usar ingredientes que eles usam em casa para o momento do lanche.
*Cada aluno criou, repetiu, modificou, brincou, descobriu. Um processo pouco estimulado nos dias atuais - CRIANÇAS QUASE NÃO CRIAM, E QUANDO CRIAM, NA VERDADE IMITAM. Procurei fugir desta formula muito usada. Meu foco era a FORMA de criação, E NÃO A FORMULA para um resultado de simples prazer estético.

Neste momento, em uma nova reunião com a CHEF DE COZINHA QUE ESTUDOU NA FRANÇA, ela nos orientou: "Na MOSTRA DA ESCOLA deste ano iremos abrir as portas da ESCOLA para que os pais realmente vejam o que fazemos nas aulas. Não iremos montar nada, será um processo natural do que já é feito em aula!" - Novamente pensei que esta Chef era realmente muito interessante e nos orientava a fazer aquilo que de fato sempre deveríamos fazer. O foco seria o processo verdadeiro e não um objetivo manipulado.

Continuando as aulas de CULINÁRIA...

*As crianças se mostravam extremamente interessadas no material, mas tímidas por mostrar o que elas criaram. Claro, foi uma RECEITA totalmente criada por elas. É obvio que o modo como elas irão se relacionar com o trabalho será muito mais delicado, POR ISSO DO MEU EXTREMO CUIDADO EM ORIENTAR ELAS. Para o olhar de uma pessoa com o paladar extremamente apurado, pode ser que elas estivessem fazendo algo simples. Para o olhar de uma pessoa com a sensibilidade extremamente apurada, elas estavam aprendendo a se expressar pela primeira vez.

Eis que a CHEF DE COZINHA, ao assistir o material, sem sequer conversar comigo sobre o processo e o objetivo desta RECEITA, começa a interferir no trabalho e dizendo para as crianças:

*Tu fala e eu não te ouço! Tu se mexe e a voz não sai. Tu fala em determinado momento olhando pra trás. Ou é pra ouvir o que elas falam ou não é! Vai, fala de novo! (aluno extremamente tímido e envergonhado) De novo, repete. Coloca a mão pra cima, fala assim nessa hora. Olha pra cá neste momento...

Eu pensava comigo: "Meu Deus...mas o trabalho não serve para isso...esse não é o foco. Não é assim que eu trabalhei com eles. Se fosse pra manipular as crianças assim, eu teria feito isso. A proposta é outra. Qual o motivo desta chef fazer isso?

Então a Chef diz, olhando para mim: "Existe um equívoco muito grande neste trabalho! Ou é para a família ouvir tudo que elas irão falar ou não é pra ouvir nada! Eles não dominam esse trabalho, quando falam usando o corpo a voz fica frágil!"

Daí resolvi interferir: "É frágil pois o processo é de aprendizado. Não estamos trabalhando com profissionais. Nós profissionais sabemos o quão difícil é utilizar a voz e o corpo em sintonia ou em oposição, para apresentarmos nossa RECEITA. Eles estão aprendendo a lidar com isso, é um processo."

A Chef fala: "Tu precisa exigir mais delas. Cobra mais delas. Elas podem muito mais. Isso não é o suficiente. Não posso mostrar isso aos pais." (na frente dos alunos ela destruiu o que eles havia criado, com as palavras rudes da Chef, ela mostrou para as crianças que o que elas criaram não valia de nada.)

Novamente eu interferi, desta vez extremamente indignado: "Os pais possuem sensibilidade para notar que alguns momentos podem estar frágeis, mais cheios de verdade cênica. Se o aluno não fala alto - é ele, presente, vivo, falando dentro da sua condição hoje. Existe beleza nestes momentos também. Além do mais, foi nos orientado que na MOSTRA os pais iriam ver o que fazemos dentro da sala de aula, do processo, por isso conduzi esse trabalho desta forma, o mais verdadeiro possível!"

Eis que a Chef me interrompe: "Preciso de o mínimo de qualidade pra apresentar isso aos pais!"

Encerrei minha tentativa de diálogo ali, pois a Chef conseguiu destruir todo meu processo como professor - na frente dos alunos - em questão de segundos.
Combinei de conversar com a Chef em outro momento.

Dois dias depois, a Chef me encontra no meio da lancheria, que fica junto da ESCOLA, me olha e diz:
"E aí, o que é que tu vai fazer com aquelas crianças, hein? Tu precisa cobrar muito mais delas. Eu estava conversando com fulana de tal...blá blá blá... Tu precisa cobrar mais delas... blá blá blá... Cobra mais destas crianças... blá blá blá... Tu precisa exigir muito mais delas!"
Questionei ela que ela jamais havia entrado em uma aula minha, logo ela não tinha embasamento algum para dizer que eu deveria exigir mais das aulas, ela não poderia jamais falar isso. Falei que durante o processo fui exigente na medida que considerei necessária - afinal eu oriento o trabalho, não é mesmo? Logo, eu sei das capacidades e necessidades particulares do trabalho.
A Chef continua com suas falas maravilhosas: "Em outra aula de outra professora nós ensaiamos teu trabalho e eu disse para as alunas que elas deveriam fazer assim, assado... Tu precisa oferecer instrumentalização para alunas..."
Interrompi ela, questionando o que ela queria dizer com "oferecer instrumentalização para as alunas"? Logo, no meio da lancheria, a Chef de Cozinha que estudou na França, começa a me mostrar como eu deveria dar aula, o que eu deveria fazer... Disse para ela que é um absurdo ela olhar para um professor e dizer que ele precisa oferecer instrumentalização, sendo que esta é a única função do professor. Que ela não tinha conhecimento algum para dizer isso sobre o meu trabalho, muito menos ali no meio da lancheria - e tentei encaminhar a conversa para um local mais reservado.

A Chef relutou e disse que eu não deveria me ofender com o que ela disse, que eu deveria notar que as crianças da ESCOLA parecem possuir "algum retardo" e é minha função exigir mais delas. Que em outro trabalho dela ela proibiu uma aluna de participar de uma apresentação, pois ela era fraca. Que ela só estava tentando manter a qualidade artística do trabalho.

E eu disse: "Pois essa é uma ESCOLA. Tu está tentando preservar o lado artístico, ótimo. E eu, como professor, estou tentando preservar o lado pedagógico. Tu está pensando no resultado e eu no processo. Não estamos falando a mesma língua e não adianta entrarmos em atrito. Vamos continuar essa conversa outro momento, para até mesmo avaliarmos a minha continuidade aqui na ESCOLA."

A Chef fala completamente exaltada, em local público: "Mas esse é o problema do Brasil! Eu estou te oferecendo uma oportunidade para crescer, o conflito serve para isso e tu estás fugindo da tua responsabilidade! Que atitude infantil que tu estás tendo!"

Eu falo, com voz calma: "Só estou analisando que temos modos de trabalho completamente diferentes e o atrito, neste caso, não serve para nada."

Ela retorna a depreciar o Brasil e eu aviso ela que, sim, é nele onde nos encontramos - então é melhor olhar para a realidade daqui!

A situação durante a aula onde ela interferiu de forma amadora e desesperada no trabalho dos meus alunos e aquela conversa, que virou um mini-barraco, foram o suficiente para ir até a secretaria e avisar que eu não iria seguir com as minhas aulas, que eu iria entrar com contato com a Diretora da ESCOLA (que estava viajando, na ocasião) informando meu afastamento, pois naqueles moldes eu não iria continuar a trabalhar.
Eis que de surpresa a Chef aparece na secretaria e inicia o que se tornaria um dos momentos mais absurdos da minha experiência profissional. Ela gritava que eu estava me precipitando, que eu estava tendo uma reação infantil, que minhas atitudes eram de alguém que parou na primeira infância, assim como todo esse país, e por isso nada dá certo no Brasil. Eu perguntava para ela: "Qual o motivo de tu me ofender? Pára de me ofender!" - Ela não me ouvia... Continuava a gritar completamente alterada na ESCOLA que eu era infantil e que eu tinha parado na primeira infância.

Aos gritos dela, virei as costas e me retirei.
Ao chegar em casa, tentei entrar em contato com a Diretora da ESCOLA para informar que toda aquela situação havia ocorrido e que, após aquela situação toda, eu estava me retirando da ESCOLA. Como não consegui falar por telefone, enviei um e-mail que serve como *Registro Nº 1.

Combinei com a Diretora que, após o retorno dela, nós iriamos combinar um café para conversarmos.
Duas semanas depois, finalmente conseguimos marcar nossa reunião.
O que eu presenciei foi relato, após relato, após relato, de diversas situações onde a Chef já havia "surtado" (não são palavras minhas) com diversas pessoas, até mesmo com ela. Que ela era assim. Que infelizmente a situação, novamente com ela, havia saído com controle. No meio da conversa ela comentou que a Chef seguiu ensaiando OS TRABALHOS DESENVOLVIDOS POR MIM, e se eu achava legal que as crianças apresentassem na MOSTRA, pois elas estavam tão inseguras em cena.
Falei exatamente assim: "Me surpreende muito que tiveram a atitude de dar continuidade ao trabalho. É obvio que este material não deve ser apresentado. Com a minha saída toda a relação dos alunos para com o material ficou fragilizado. É claro que elas estão inseguras... O material se corrompeu. A minha saída foi um rompimento. A interferência da Chef foi outro rompimento. O material não possui mais nenhum motivo de ser usado. Aliás, é perigoso usar esse material, não é sadio para o desenvolvimento deles, enquanto alunos."

Eis que a Diretora me diz: "Pois é, sabe que pode ser maldade minha, mas achei que era perversidade da Chef querer fazer os alunos se apresentarem com um material frágil e em cena dar tudo errado, para depois dizer que ela estava com a razão de toda a situação!"

Falei que se ela chegou a pensar nisso, mais um motivo para nenhum trabalho meu com os alunos ser usado. Que caso as crianças ficassem tristes, era para ela colocar a culpa em mim e dizer que eu não permitia o uso dos materiais.

Ouvi relatos de que a Chef havia sido pega em flagrante apertando os braços de uma aluna, que a conduta dela seria completamente revista ali na ESCOLA. Que a Chef parecia usar da técnica da intimidação com os outros professores, para interferir no trabalho de todos, etc.... Relatos perigosos de ouvir, por saber que esta pessoa lida com indivíduos em formação. Triste!

Então, aproximadamente uma semana atrás, recebo um e-mail da Diretora, questionando se eu poderia retornar para as aulas, para trabalhar com os alunos e apresentar um dos trabalhos (um terceiro trabalho, não mencionado aqui neste CONTO FICCIONAL) em uma determinada celebração. Eu novamente disse que não havia condições de retomar o trabalho e, neste e-mail *Registro Nº 2, disse:

"...existiu um rompimento no processo. Esse rompimento modificou tudo, todo o trabalho desenvolvido e principalmente a posição dos alunos para com o material. E no meu conhecimento, não é nada saudável revirar essa situação.
Justamente por isso te solicitei que não deixasse as crianças se apresentarem na Mostra. 

Na minha ausência, aliás na minha presença elas já eram encaminhadas por outras pessoas com equívocos de conduta sem precedentes, agora na minha ausência simplesmente não existe condição em achar que esse material possa ser utilizado..."

Tudo resolvido, finalmente.
Eis que, momentos após a apresentação dos alunos na MOSTRA, vejo fotos dos alunos se apresentando com o material que eu havia desenvolvido. O material que havia sido ridiculamente criticado pela Chef. Fotos e mais fotos exatamente daquele material que eu havia solicitado AO VIVO E POR E-MAIL para não ser usado, não ser apresentado. 

Onde fica o cuidado com os alunos? Onde está a coordenadora pedagógica desta ESCOLA? Onde está o respeito para com a minha palavra? Onde fica a ética dos profissionais? Onde os alunos irão chegar, com tanta violência psicológica sendo jogada para cima delas? Até quando estas pessoas agirão assim e sairão livremente sem consequências?

MAS... Graças a nossa realidade, tudo isso é apenas um conto ficcional! 
Imaginem!!! Como pode uma mente criar tanto... não é mesmo?...

Abraços!



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

II MOSTRA DOS ALUNOS DO TEATRO MOINHO DA ESTAÇÃO

Em 2013 iniciei o curso livre de teatro no TME - Teatro Moinho da Estação, com duração de 10 meses. O trabalho foi desenvolvido entre duas turmas adultas, uma que ocorre na segunda-feira e outra na quinta-feira.
As duas turmas são mistas, possuem alunos que já trabalharam com outros professores, pessoas que já haviam trabalhado comigo em outros cursos e um grande número de iniciantes, uma galera que está começando sua trajetória teatral.

O curso foi segmentado em dois momentos: o 1º semestre voltado para prática, desenvolvimento, treino e jogo - enraizar, crescer e compartilhar. E o 2º semestre a proposta era a montagem de um trabalho teatral - definição, argumento, estruturação, ensaio, repetição e apresentação.

Após o primeiro semestre de aula, no final de julho entreguei uma proposta de encenação para as turmas, onde o trabalho de uma turma iria complementar o da outra. Os alunos toparam e em agosto iniciamos nossa jornada em busca da Mulher, do Homem e do Guarda-Roupa...

Foram diversas etapas desenvolvidas neste processo, mas destaco aqui o momento onde conversamos muito sobre o que é arte e cultura, quais suas funções e o que queremos/pretendemos com elas. Assim, nos guiando pelo pré-roteiro que eu havia determinado, iniciamos um momento crucial para o trabalho - a exploração das ideias! Em círculo, nosso maior objetivo era falar. Falar sobre. Colocar os diferentes argumentos na mesa e encontrar formas de ligá-los. Não foi uma tarefa fácil, pois muitas vezes eu notava alguns alunos com opiniões e formações que iam completamente contra as minhas opiniões e formação. E aqui está a beleza de trabalhar com o teatro - conseguimos conviver juntos, mesmo com a adversidade. Aliás, é ela que torna tudo mais bonito e interessante.

Após esse momento, levantamos material de pesquisa para, paralelamente, voltarmos a sala de ensaio e improvisar estes assuntos. Utilizar o que foi desenvolvido no primeiro semestre como um condutor destas diferentes formas de teatralidade. Alguns grupos mergulharam numa abordagem cômica, outros desenvolveram um aspecto mais poético, outros necessitaram de um empurrão meu para descobrirem que caminho seguiriam. Assim, me baseando nas improvisações dos alunos, nas energias que estes grupos produziam ao estarem juntos e no pré-roteiro, iniciei a composição dos textos.

Escrevo pensando nos atores que irão interpretá-los, facilita muito. Na minha mente imagino aquele aluno/ator improvisando uma cena e, guiado por esta imagem, eu escrevo, eu improviso. Por breves momentos eu tento ser eles. Utilizo os argumentos deles, aquilo que eles pesquisaram, falaram, pensaram, brincaram. Tudo vira imagem arquivada que eu acesso, uso, jogo, troco e viro do avesso.

Foram criadas quatro esquetes: "O Conselho das Deusas", "A Primeira Guerra", "Conto de Caças" e "Mamãe, eu sou...". Então, no início de setembro, começamos a construção destas cenas.
Meu maior desafio foi dividir cada turma em duas turmas - criando assim quatro grupos. Em cada aula eu precisava me dedicar, me dividir entre duas atmosferas diferentes. Por vezes os alunos se sentiam sozinhos, nos momentos onde eu necessitava de um olhar mais preciso para o outro grupo. Por outro lado, desenvolvi neles a capacidade de controle do seu próprio trabalho. Não necessitar de alguém, o tempo todo, mandando, guiando, empurrando. Ser livre para criar!

A direção das cenas foi basicamente o mesmo processo - pelo pouco tempo restante, eu desenvolvi com cada grupo o esqueleto, a estrutura de marcação que estaria presente na encenação. Após, buscamos a criação destes personagens e como que eles utilizariam daquelas estruturas na cena.

Todo esse projeto, que ainda está em processo de construção, é extremamente significativo para mim.
Seria muito mais fácil escolher textos prontos, reproduzir trabalhos já encenados, seguir uma linha já testada e segura. Mas o sabor em ver o aluno se tornando um ator que atua, descobrindo em si potencialidades que ele nem imaginava, notando que ele cuida com unhas e dentes deste material, pois foi ele quem ajudou a construí-lo - ele sabe cada tijolo, cada argamassa, cada componente presente - sendo ele peça fundamental para tudo isso acontecer.

A cada um dos alunos: Duda, Letícia, Greice, Gisi, Ketlim, Vivian, Wagner, João, César, Rui, Bárbara, Lilian, Priscila, Júlia, Carolina, Wéllington, Jhonas, Tailine, Jéssica e Cristina - MUITO OBRIGADO!!!

Agendem: 17 DE NOVEMBRO, DOMINGO, ÀS 20H, NO TEATRO MUNICIPAL PEDRO PARENTI.

APOIO -



Grupo Teatro Sem Cortina no Teia Cultural Ponto de Cultura


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Agenda final de ano!!!

Após a apresentação de O Fauno no 15° Caxias em Cena e a estréia do projeto Comunidade em Concerto nas Escolas - Quimetais, além da estréia de Os Por Fora da Cousa se aproximando, resolvi atualizar a agenda aqui no blog. Basca clicar na aba "AGENDA" ao lado.



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Esperança :)

Neste último sábado (20/07/2013) tive a oportunidade de reapresentar a peça de teatro O FAUNO, monólogo onde eu interpreto o personagem título. Apesar do frio extremo que está fazendo nestes dias, temperaturas quase negativas, foi um grande desafio apresentar uma peça onde minha única peça de roupa é uma calça até os joelhos, sem peça de roupa no tronco e de pés descalços. Loucura pura!
A loucura maior ainda foi ter marcado uma segunda sessão no mesmo dia, à meia noite! Como é conhecida essa sessão neste horário alternativo, brincava sobre a "sessão maldita" - mas ela virou maldita por causa da "temperatura maldita" que maltratava qualquer pessoa que estivesse na rua. E graças aos Deuses as pessoas saíram de suas casas e foram compartilhar de seus momentos com a peça.
Mas isso tudo é apenas uma contextualização do momento, pois nem é sobre isso que quero comentar...
Eis que no meio da peça, durante a segunda sessão, eu estava na cena da ceia (momento onde o personagem à beira da morte recebe sua última ceia e resolve dividir com a platéia, num ritual de comunhão). Estava eu, vestido de Fauno, a ceia preparada com maior carinho, um garrafão de vinho, e então o personagem fez o convite: "Gostaria de dividir deste meu último momento com vocês, podem se aproximar, sentem aqui, venham!". O público permaneceu imóvel. Apenas olhavam - teria o frio congelado eles? Eu, a partir do momento que entrei em cena perdi qualquer sensibilidade à temperatura, não sentia nenhum frio. Reforcei o convite uma segunda vez. Nada. Nunhum retorno. Repeti uma terceira e última vez. Silêncio.
Olhei, também em silêncio, para o público e percebi que ninguém queria dividir aquele momento. Queriam apenas assistir.
Mas me colocando no lugar do personagem, de estar a beira da morte e buscar desesperadamente um conforto no contato com o próximo, e não receber nenhuma reação de aproximação, foi muito forte pra mim.
Percebi que ali, naquela apresentação, as coisas iriam andar por um caminho diferente do roteiro. Não haveria comunhão. Apenas dele (o personagem), com ele mesmo.
Neste momeno, enquanto olhava para a platéia, liberei meu impulso de me retrair, me esconder, me afastar. 
Peguei a tábua da ceia e o garrafão e lentamente arrastei até o fundo do palco, ficando sozinho.
A minha mente de ator rapidamente queria solucionar esse momento pensando em alternativas, o que fazer, como fazer... Resolvi deixar aquele momento novo me conduzir um pouco mais.
Peguei uma carne para comer, sozinho, e nunca senti tamanha solidão na minha vida.
Foi como uma facada. A cada mordida que eu dava, mais lágrimas rolavam pelo meu rosto e mais inútil, impotente e me sentia. Era apenas o Fauno e sua última ceia. Só.
A cena se transformara totalmente - o clima de confraternização e festa deu lugar ao desespero interno que o personagem vivia.
Antes mesmo de eu pensar numa saída para retomar o roteiro da peça, vejo uma pessoa levantar e caminhar na minha direção, sentando ao meu lado. Uma segunda levanta e começa a se aproximar também. Outra, e mais outra, mais outra... Quase todos sentaram ao redor da ceia para demonstrar sua compaixão ao que o personagem/eu estava sentindo (aqui eu nem separo o personagem das minhas emoções, pois como era um momento novo na peça, inesperado, improvisado, eu senti pra valer cada respiração).
O medo do abandono, da solidão, da morte como um "apagão", se transformou novamente naquele momento muito especial da comunhão entre personagem e platéia. Automaticamente as coisas voltaram para onde elas deveriam estar.
O ser humano ainda é MUITO SER HUMANO.

Confesso que esse "limiar", como diz o personagem, entre roteiro e improviso, entre texto decorado e fala espontânea, entre ação marcada e ação momentânea é bem delicado. Por vezes tenho vontade de marcar toda a peça e fazer dela algo que será reproduzido igualmente, para me dar o tão sonhado controle.
Mas daí eu não viveria momentos incríveis como este que narrei acima. Me libertar das cordas que definem uma estrutura e dentro desta pré-estrutura encontrar o que já estava ali o tempo todo. Apenas consegui saborear cada jogada muito mais.
Ter que dominar algo, sem ter total controle de todas as peças, está sendo um dos maiores aprendizados da minha vida profissional de pessoal.

Por isso, agradeço imensamente esse presente que ganhei da Ana Fuchs! 
MUITO OBRIGADO... Mesmo de longe tu continua me ensinando muito. :)

Márcio Ramos, Caxias do Sul, 22 de julho de 2013. 13:37.

Rapidinhas...

Vou começar com a dica de um blog, escrito pela Biranta, com diversas indicações de remédios caseiros e pequenas ajudas em manter uma vida saudável. Sou um ator, trabalho com meu corpo e constantemente me percebo ignorando minha saúde física devido a demanda do dia-a-dia - e no final, quem sofrerá as consequências disso serei somente eu... Então "te liga bico te luz!":
http://socionatural.blogspot.com.br/2010/03/dicas-para-viver-melhor.html  (este post especial sobre "dicas para viver melhor" é OURO!!!)

Outra rapidinha é sobre uma frase que li no blog da minha amiga/diretora Ana Fuchs, onde ela cita uma frase de uma outra amiga dela sobre a atividade do palhaço/clow e acrescenta: "O palhaço tem que ser potente, o resto é marcação!" - e absorvendo esse ditado para o mundo do ator, percebo que vale o mesmo: "O ator tem que ser potente, o resto é marcação!".

Segundo semestre está logo ali, já já ele inicia, e terei a oportunidade de estrear três novos trabalhos!!!

*Estreia da peça "OS POR FORA", com direção de Eve Mendes, no elenco Alexandre Antunes, Tefa Polidoro e eu.
*Estreia do "CONCERTO QUIMETAIS", com o Quinteto de Sopro Quimetais, onde farei uma participação especial como ator convidado.
*Estreia da peça "A MULHER, O HOMEM E O GUARDA-ROUPA", com minha direção, no elenco estarão meus alunos adultos do Teatro Moinho da Estação.

Além de seguir com apresentações das peças "PERTURBADORAMENTE VIVOS", do Grupo Teatro Sem Cortina e do "O FAUNO".

Até breve que tenho que escrever duas esquetes p/ meus alunos crianças e adolescentes... #seminspiração




domingo, 14 de julho de 2013

Manutenção

Uma das coisas que mais sinto dificuldade no trabalho de manutenção de ator é o trabalho de movimentação corporal.
Eu trabalho orientando oito turmas de teatro, de crianças, adolescentes e adultos. Este processo, por si só, já me oferece uma bagagem gigantesca de um olhar constante sobre o processo de aprendizado de um ator - esteja ele em qualquer etapa de seu desenvolvimento pessoal.
Mais do que nunca sinto que meu olhar periférico está  mais "afinado". Isso é resultado de estar constantemente reciclando o meu entender sobre o entender do outro.

O problema é meu corpo (massa muscular e óssea) no jogo.
Em exercícios de aquecimento, respiração e voz eu consigo praticar com determinadas turmas. Sinto até que quando eu estou vivenciando o processo junto, isso auxilia os alunos a ver, observar e entrarem mais na proposta. Mas somente isso não basta nem de longe.

Já tentei academia, mas não dá. É muito monótono, eu me sinto uma ameba lá dentro. Não serve pra minha cabeça (e corpo...hehehe).

Eis que estou desenvolvendo um Experimento Teatral que no momento estou chamando de "BROKEN BOY" (uma ideia antiga minha, mas que demorou alguns anos para eu me sentir pronto para falar, viver e reproduzir estas sensações). Com este trabalho irei manter uma rotina corporal em função do trabalho. Rotina em sala de ensaio, pesquisando movimentos, sonoridades corporais, possibilidades de sensações...

Espero que isso me auxilie!!!
Assim, trabalhos mais focados no jogo interpretativo imediato, como o "Concerto Quimetais" e a peça "Os Por Fora", serão mais tranquilos de desenvolver, visto que eu já estarei "acordado"...

Tentativas...não sei ao certo se isso irá funcionar, mas usarei as férias de inverno pra começar a "malhação"!!!

Esta semana, por exemplo,  tenho duas sessões da peça "O Fauno" no sábado...espero que até lá minha musculatura esteja bem aberta.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Apresentação de O FAUNO

Apresentação no dia 20/07, sábado, na sala do Núcleo Audiovisual TME - Teatro Moinho da Estação, com duas sessões no mesmo dia: às 20h e meia-noite.

*Somente 25 ingressos por sessão.
**Valor do ingresso: R$25,00 integral e R$15,00 estudante e sênior.
***Classificação: 14 anos.

AGENDE-SE!!!

Trailer do Espetáculo: http://www.youtube.com/watch?v=PtL5BhXKLjo

O FAUNO trata das escolhas de vida, sob a perspectiva de um Fauno. Usando da mitologia greco-romana, ele provoca o espectador a questionar a vida.


domingo, 30 de junho de 2013

◘ Perturbadoramente Vivos ◘

Após a estreia da peça PERTURBADORAMENTE VIVOS, com o Grupo Teatro Sem Cortina, nós nos fizemos diversas perguntas:
*Como otimizar a utilização do espaço alternativo?
*De que formas podemos aproximar o público do momento da encenação - potencializando a cena e o encontro?
*Com tanto material em cena (cenário e adereços), o que podemos fazer com tudo aquilo?
*Estamos de fato fazendo o que queremos fazer e como queremos fazer?

Tínhamos um excesso de coisas, tudo jogado em cena. O lixo, neste contexto, serviu para o processo, mas não serviu para a cena. Reciclagem total!!!
Voltei para o básico, com um pergunta básica:
*O QUE EU REALMENTE TENHO PARA UTILIZAR E APROVEITAR?
A resposta foi simples: Atores!
Tenho atores e somente eles ficarão na cena. O resto cai fora, o resto é enfeite que está ali apenas para pegar pó (neste caso e situação!!!).
Retornei para meu amigo Grotowski e seu "Teatro Pobre". Desenvolvemos uma breve pesquisa com os atores do grupo, selecionamos alguns materiais...Jersy que já havia nos servido de inspiração, agora nos auxiliava nos limites, guiando com sua pesquisa teatral.

Junto a essa pesquisa tendo como referência o teatro pobre, apareceu em nosso caminho o coreografo João Fiadeiro (Portugal), com seu "Modo Operativo And" - um sistema de composição. BUM!!! Tudo voltou a fazer sentido, finalmente.

Com a inspiração de Grotowski e Fiadeiro, consegui a inspiração para a direção da peça (que até então estava aberta). A a direção foi literalmente um "clic", um "start". E dessa luz, todo o resto da peça se dirigiu por si só, eu só fiquei auxiliando, guiando de fora. Foi muito legal de vivenciar isso. E sei que só pude encontrar esse sistema de direção dentro da peça por permitir que o processo ficasse aberto, livre, recebendo todo o tipo de estimulo exterior.

Grotowski nos oferece o foco do trabalho somente no material do ator, Lars von Trier já havia nos inspirado com seu "Dogville" e suas marcações no chão, agora ganharam novos sentidos e utilizações com o processo de João Fiadeiro.

E com esta nova roupagem, a peça PERTURBADORAMENTE VIVOS irão retornar para uma apresentação no dia 06/07, sábado, na sala do Núcleo Audiovisual TME - Teatro Moinho da Estação, em Caxias do Sul, com uma sessão às 20h. Após a apresentação será realizada um debate sobre nosso processo de montagem.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Grupo TEATRO SEM CORTINA


O nosso trabalho iniciou em agosto de 2012, com a proposta de uma oficina teatral voltada para a remontagem de um antigo espetáculo. Do elenco eu só havia trabalhado com um dos atores, os demais eram corpos completamente novos para mim.
Ao iniciar os trabalhos, percebi que as diferentes escolas de cada ator eram tão diversas, que seria um desafio encontrar pontos em comum para desenvolver o projeto.
Com estes novos corpos nada familiarizados uns com os outros dei início a duas esferas do trabalho - a construção de material de ator e a construção da dramaturgia da peça.
Com a preparação dos atores, busquei referências diretas com meu aprendizado durante o workshop A Arte Secreta do Ator, ministrado por Eugênio Barba. Meu objetivo era repassar cada processo vivido por mim durante o workshop, para oferecer ao elenco uma visão mais dinâmica do trabalho do ator. Alguns corpos dialogaram bem com este processo, outros necessitavam de muito mais tempo para uma assimilação verdadeira.
O tempo era curto, pois agendamos uma Mostra de Processo em novembro de 2012 e não tínhamos muito tempo disponível.
Neste momento voltei minhas atenções para os textos da peça. Os corpos em movimento dos atores me inspiraram a escrever textos novos, assim abandonando a idéia inicial de remontar um antigo espetáculo. Voltar a escrever foi um desafio, pois me questionava muito: "O que eu tenho a dizer hoje?", "O que o meu corpo quer questionar?", "Quais são minhas inquietações?" - e para minha felicidade, meu corpo não queria questionar o meu dia-a-dia, o meu cotidiano, a minha esfera. Minha mente saiu do meu local confortável e buscou inspirações em diversas vivências profundas que presenciei durante o ano de 2010 e 2011, quando eu estava trabalhando com escolas da rede municipal ministrando oficinas de teatro, em sua maioria eram escolas da periferia. Conheci muita crianças e famílias pelas quais eu me apaixonei, porém eu não podia fazer muita coisa por eles. A sensação de impotência era muito grande. Lembrei dos olhos curiosos e atentos a cada exercício proposto. Durante 50 minutos, uma vez por semana, eles tinham a oportunidade de sonhar - sonhar alto - em serem quem eles quisessem ser.
Quando dei por mim os textos já estavam prontos. Mas não havíamos chegado nem na metade de nossa jornada.
Agora com cada ator estruturando seu trabalho de pesquisa corporal em construções de maxi-partituras - unindo: corpo, voz, estados e sensações - era o momento de construir a casa, o contexto, o universo daqueles seres novos que começavam a aparecer.
Tentei umas três abordagens diferentes (o elenco cada vez mais apavorado, pois não tínhamos tempo sobrando), caímos no universo real nestes personagens.
A criação da direção geral da peça foi mais uma não-direção. A estrutura era crua e o objetivo era mostrar o trabalho dos atores, apenas.
Mostramos. Vivenciamos um primeiro contato com o público - tivemos todos os tipos de reações, opiniões positivas e negativas.
Questionei aos atores: "Querem continuar? Vamos mergulhar ainda mais neste universo, sem medo?" - todos aceitaram.
Então, em março de 2013 retomamos o trabalho com o foco na desconstrução do ator. ofereci vários caminhos para eles, como trabalhos para construção de bufões e de clown como referência. Aqui comecei a sentir realmente o surgimento do grupo.
Com estes corpos agora bem familiarizados uns com os outros, começamos a ir para a rua, transformar a cena com ambientes diferentes, estimular a capacidade de transformação imediata do ator perante o momento.
Voltamos para a sala e utilizamos uma ideia que havia surgido durante um ensaio - tentar reproduzir no nosso espaço de ensaio a ideia proposta como locação no filme "Dogville".
Desenhamos, criamos, trocamos muitas ideias e voltamos a estruturar.
Nossos últimos 3 ensaios vieram para restabelecer uma relação de necessidade com o jogo cênico destes personagens.
O que será apresentado hoje é uma parte disso.
É um ponta pé inicial para muitos coisas, muitas descobertas, muitas transformações.
 

sábado, 27 de abril de 2013

"Perturbadoramente Vivos" está chegando...

Uma nova peça de teatro, com minha direção, está prestes a estrear.
Desde agosto de 2012 eu venho trabalhando com um grupo de atores que, primeiramente fizeram aulas de teatro e participaram de uma montagem teatral no Teatro Moinho da Estação, espaço onde mantenho aulas de teatro semanal.

A proposta era remontar um espetáculo teatral que eu havia dirigido em 2008, chamado Paranoia.
O Paranoia trabalhava com mini-monólogos, textos fragmentados, numa cena contemporânea.
Eu gostava e gosto muito ainda daquele trabalho.
Era uma espécie de "stand up comedy" ao contrário, onde todos atores realizavam suas cenas sentados, mas com o auxílio dos demais atores para compor suas cenas individuais.
No início do processo eu alertei os novos atores que eu estava relendo os textos antigos e eu não sentia mais necessidade de levá-los para cena novamente. A função deles já havia sido finalizada. Assim, comecei a escrever novos textos inspirados em "energias corporais" que apareciam nos trabalhos com este novo grupo.
Foi um trabalho realizado em tempo recorde, pois iniciamos os encontros em agosto, apenas em setembro eu entreguei os novos textos, outubro serviu para eu pirar no cabeção e tentarmos diversar abordagens cênicas com os textos e finalmente em novembro estruturamos e apresentamos. Foi uma loucura!
Apresentamos numa estrutura de "Mostra"... um trabalho em construção.
Agora, em 2013, retomamos o trabalho, alguns atores tiveram que sair do trabalho, ficando apenas 06 atores em cena: Eriel Leite, Gabrielle Mendes, Joe Guidini, Ketlim Favero, Louise Pierosan e Victor Witt.
Os nossos encontros seguem com uma energia livre. O que a maioria está propondo é o que determina a atmosfera do ensaio. Eu ainda me percebo em momentos "caxias" querendo correr e trabalhar, trabalhar, organizar, menos risada, mais seriedade... Mas se tem algo que aprendi é que o teatro não precisa ser só assim. Tem momentos para ser assim. Vários momentos... Mas o ensaio é um dos únicos momentos onde deixar a energia do grupo viva é essencial para manter o grupo vivo. Seja na palhaçada, brincadeiras, erros, mas somos feitosa disso também.

Agora, com a nova peça reorganizada, com novos textos e personagens, com uma estética oposta ao antigo Paranoia, decido retirar o nome da antiga peça e rebatizar o novo trabalho como "Perturbadoramente Vivos".
"Aquele é o lugar sagrado deles, daquela sociedade invisível. Não temos a pretensão de dizer o que fazer para melhorar a realidade destes sujeitos, apenas estamos humanizando todos, sem preconceito, para quem sabe - com um toque de humanidade no olhar das pessoas - algo externo comece a mudar...
Palavras, palavras, palavras...
E digo mais, eles são perturbadoramente vivos pois estão muito mais vivos do que nós - que nem agimos mais, só seguimos o fluxo. Lá eles refletem, sofrem, machucam, gritam, fazem rir, dançam... Lá eles vivem, perturbadoramente."

PERTURBADORAMENTE VIVOS estréia dia 25/05.
Sejam todos bem-vindos...

Workshop "Voz Como Instrumento de Expressão"

                              CLIQUE NA IMAGEM PARA VER EM TAMANHO ORIGINAL.

CONTEÚDO PROGRAMADO: Nas propostas apresentadas pelos ministrantes, será desenvolvido o processo de descoberta das potencialidades vocais com total relação de interdependência entre ação e corpo, construindo uma ponte entre voz, fala e canto com o corpo e o movimento. Além de técnicas de respiração, projeção vocal, improvisação, aquecimento corporal e vocal visando o aprimoramento da oratória e da voz cantada, consciência corporal e reconhecimento da sua personalidade vocal.

INFORMAÇÕES adicionais encontram-se no cartaz.

Mini-Temporada de "O FAUNO" no TME

Nos dias 20 e 21/04, sábado e domingo, realizei duas apresentações da peça O FAUNO no Teatro Moinho da Estação.
A sala onde apresentei foi perfeita para a realização da peça, que propõe um espaço cênico intimista.
Fechei mais da metade da sala com lonas pretas, posicionei os holofotes e começamos a pendurar os fios.
Um detalhe diferente foi a utilização de escadas de contrução para compor do cenário. Do lado do TME estão finalizando uma construção, e lá eu peguei 07 escadas de vários tamanhos para distribuir pelo espaço cênico.
Ficou legal, pois consegui utilizar as escadas durante as cenas. Logo no início, eu fiquei no topo de uma escada escondido, para após a entrada de todo público, com as luzes apagadas, começar a tocar a flauta.
Lá do alto eu começava com o texto e ia descendo pela escada (numa posição meio exorcista, mas era o que meu corpo conseguia fazer naquela altura...pois tenho um pouco de medo de altura).
No sábado a apresentação foi super intima, densa, com momentos delicados. Foi bem emotiva, para mim, contar a história do Fauno naquele dia. Em determinado momento tive que parar a história de seu amor por uma ninfa, pois as lagrimas estavam vindo e tomando conta do meu corpo.
Deixei o choro vir e logo retomei com uma energia de amargura, nojo e raiva. É muito interessante, para mim, vivenciar e deixar essas emoções surgirem e deixar elas me guiarem pelo jogo dramático.
Tenho a oportunidade de deixar meus instintos livres... Nem sempre eles me guiam para os melhores caminhos... Mas nem sempre os melhores caminhos são os mais interessantes cênicamente...
Domingo a peça retornou para sua estrutura mais debochada. Eu pratiquei muito uma técnica de kundalini antes das apresentações, e é bem legal ver como a ativação deste chacra mais básico, da criação, sexual, ser aflorado dentro do trabalho.
A única dificuldade foi realizar duas apresentações onde falo durante 1 hora sem parar, com diversas modulações vocais, com uma inflamação na garganta e tomando antibiótico. No segundo dia o corpo já queria descançar e eu não podia perder a energia. No domingo, na parte final da peça, minha voz já demonstrava falhas...pelo seu estado de saúde e pelo uso demasiado... Como é ruim precisar do teu corpo 100% e poder contar apenas com 80% dele... Mas, nosso ofício é feito de momentos assim tbm...

Em breve agendarei novas datas para a peça.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Aulas no Teatro Moinho da Estação

Iniciam hoje as aulas no TME - Teatro Moinho da Estação, com turmas na segunda e quinta-feira.
Em breve fotinhos e notícias do processo desenvolvido com os alunos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quem sou eu?

Momento reflexão...
Só sei que nada sei...
A cada momento que procuro respostas, milhares de novas perguntas são feitas...
Eis que essa semana chegou uma pergunta básica que me colocou em cheque-mate: QUEM SOU EU?

Quem sou eu?
Eu deveria saber a resposta desta pergunta, afinal de contas fazem 28 anos que eu sou eu.
Tudo bem que também fazem 28 anos que eu aprendo o que os outros querem, como eu devo me comportar, como eu devo me expressar, o que os outros querem de mim... Sempre para fora, para o exterior, para a sociedade, para me incluir, para eu me misturar, para eu desaparecer...

Tirando as roupas que eu visto, as coisas que aprendi na escola, na faculdade, nos meus trabalhos, o que sobra de mim? O que sou EU de origem?

Inevitavelmente essas perguntas me fazem retornar para a minha infância - onde fazia pouco tempo que eu estava neste Mundo para ser "moldado" por ele.
Lembro que eu não me encaixava direito no padrão - logo de cara.
Eu sabia de coisas, coisas que uma criança não teria como saber tão cedo.
Eu não tinha medo de ir lá fora.
Eu falava. Eu brincava. Eu estragava e escondia na maior cara dura.
Eu amava muito. E sofria muito com a distãncia.

Tô bem perdido, sem saber para qual lado olhar...
Ajuda quando eu olho para o céu.
Ajuda quando eu silencio os olhos e a mente.
Mas eu confesso que tenho um pouco de medo de ficar sozinho comigo mesmo, na minha mente.

Momentos...perguntas...dúvidas...angustias...receios...aflições...inquietudes...
QUEM SOU EU?

No momento, respondo com um simples: Márcio. Sou o Márcio!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

1ª Mostra de Monólogos de Caxias do Sul - RS


O espetáculo teatral "O Fauno" participa da 1ª Mostra de Monólogos de Caxias do Sul, realizada pela Tem Gente Teatrando. Acima segue a programação completa - entre oficinas e espetáculos.
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Inscrições para Aulas de Teatro no TME

O TME - Teatro Moinho da Estação, em parceria com o ator e diretor teatral Márcio Ramos, abre inscrições para AULAS DE TEATRO EM 2013.

-Turma da Segunda-feira, início da aula às 19h 15min e término às 21h 15min.
-Turma da Quinta-feira, início da aula às 19h 15min e término às 21h 15min.

As aulas funcionarão com o seguinte cronograma:

*1º Semestre: Aulas didáticas (prática e teórica), com foco no gênero da comédia (leitura de textos, criação de personagens, estudo sobre improvisação, 'match improvisation' e 'stand up comedy'). Será desenvolvido 02 aulas ao ar livre (praça ou parque - à combinar) e "intervenção/performance coletiva" criada a partir dos estudos da história/origem do teatro.

*2º Semestre: Estudo, leitura, montagem e ensaios de uma peça teatral, com foco de pesquisa na comédia - realizados no semestre anterior.

Obs.1: Para participar das atividades do segundo semestre é necessário participar das aulas no primeiro semestre.
Obs.2: Idade mínima de 17 anos, para ingressar nas aulas.

Mensalidade de R$80,00 - sem taxa de inscrição.
Confere certificado.

***ATENÇÃO***
Para receber a ficha de inscrição ou outras informações, basta enviar um e-mail para mlvramos@hotmail.com ou ligar para o telefone (54)8104-6659.
**************

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Entrevista para UCS TV - Programa Armazém

Entrevista sobre a oficina de teatro para adolescentes, realizada pela jornalista Isadora Guerra, do programa ARMAZÉM, do canal UCS TV.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

OFICINA DE TEATRO PARA ADOLESCENTES

O Teatro Moinho da Estação oferece esta oficina para agitar as suas férias!
Ministrada pelo ator e diretor teatral Márcio Ramos.

A oficina, voltada para adolescentes de 11 até 16 anos, terá como proposta o desenvolvimento de técnicas para improvisação ("Jogos de Improviso" ou "Match Improvisation", tais como: "Quinta Categoria" e "Stand Up Comedy").
Além disso, exercícios que promovam a evolução da coordenação, criatividade, memorização, expressão corporal, oralidade e socialização.
Mesmo sem a pretensão de ser ator ou atriz, a experiência será enriquecedora!

Dias: 25, 26 e 27 de Janeiro - sexta, sábado e domingo.
Local: Teatro Moinho da Estação.
Horário: Das 14h até 17h.
Investimento: R$80,00.

*Apenas 10 vagas para o curso.
GARANTA JÁ A SUA!

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES com Márcio Ramos: mlvramos@hotmail.com ou (54)3537-7933.

Local: TME - Teatro Moinho da Estação
Rua Coronel Flores, nº 810, sala 103, Bairro São Pelegrino / Caxias do Sul - RS.
(Próximo à Estação Férrea, atrás do La Barra).


*Matérias de divulgação:
-Jornal Ponto Inicial - AQUI!
-Olá Serra Gaúcha - AQUI!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

E o ano começou...

Coisas legais que tem acontecido e estão para acontecer:

*No último dia de 2012, o Jornal Pioneiro de Caxias do Sul, pela coluna 3POR4, realizou uma seleção de "Aplausos" (destaques positivos) e "Corneta" (destaques negativos), e o jornalista Carlinhos Santos selecionou as três peças que eu tenho trabalhado como ator ou diretor: "O Fauno", "In Heaven" e (E)Terno" - além de tbm destacar "O Torto e o Seu Duplo", que eu fui assistir e é muito impactante e linda.

*Estou bem feliz, pois estou estudando novamente! Estou participando da oficina CORPO E VOZ PARA A CENA, com os ministrantes Rafael Salib (música, voz), Tefa Polidoro (teatro, interpretação) e Kátia Salib (dança, movimento). Só fiz o primeiro dia, mas já posso dizer tranquilamente que irei aprender toneladas com eles. Como é bom fazer aula de teatro!!!

*No clima da cena, semana que vêm iniciam os trabalhos de ensaios para a peça OS POR FORA DA COUSA... Começaremos em Porto Alegre, trabalhando e pesquisando por lá, e no final da semana viemos direto p/ Cxs em "bando" p/ seguir o trabalho intensivo por aqui. E eu estou mega ansioco para iniciar este trabalho!!!

*E para o final do mês de Janeiro, irei ministrar uma oficina para adolescentes nos dias 25, 26 e 27 no "TME - Teatro Moinho da Estação". Em breve mais informações!

_/\_

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Propostas ou Promessas...

Muito bem, 2013 oficialmente inicia no dia de hoje!
E com este ano novo ressurgem vários desejos, propostas e promessas para o campo de trabalho...
Mas o que eu quero conquistar neste ano?

Oh perguntinha sacana... Conquista X Sucesso X Sonho X Trabalho...

Vamos começar pelas coisas práticas que irão acontecer:

-OS POR FORA DA COUSA: Peça de teatro financiada pelo Prêmio Anual de Incentivo à Montagem Teatral, da Unidade de Teatro. Com direção de Eve Mendes (ganhadora do prêmio de Melhor Direção no Mais Teatro (Açorianos) de 2012), com Tefa Polidoro, Alexandre Antunes e eu no elenco. Esperamos que a peça tenha estreia ainda no primeiro semestre de 2013.

-QUIMETAIS NAS ESCOLAS: Um concerto musical financiado pelo Financiarte 2012, produzido pela Tum Tum Produções com o Grupo Quimetais, onde irão percorrer escolas da região apresentando e introduzindo a cultura musical p/ novas crianças. Neste trabalho eu farei uma espécie de "apresentador/personagem" que conduzirá a apresentação.

-I MOSTRA DE MONÓLOGOS de Caxias do Sul: Realizado pela Tem Gente Teatrando, com financiamento do Financiarte 2012, a mostra acontecerá em Fevereiro de 2013. Estarei participando com a peça "O FAUNO", sendo apresentada no dia 18/02 (segunda-feira). No dia 17/02 (domingo) irei ministrar uma oficina de 3 horas sobre o "Espaço Íntimo do Ator" - todas as atividades acontecerão na Casa de Teatro da Tem Gente Teatrando.

-AULAS DE TEATRO: Em março iniciarão novos módulos do curso que eu ministro no Teatro Moinho da Estação para adultos, além das aulas para crianças na EPD e La Salle Caxias.

-TEMPORADAS E APRESENTAÇÕES: Voltará para a cena, no decorrer do ano, as peças IN HEAVEN, (E)TERNO, ALI-SE... aqui ou acolá..., O FAUNO e PARANOIA. As datas ainda serão agendadas...

Com isso já dá para se divertir bastante... Graças a Deus, como costumo falar, não dá pra reclamar nem um pouco pois trabalho não falta (e quando falta e crio...hehehe). Mas o que não pode acontecer é se acalmar, se sentir confortável e estagnar... Não quero que 2013 seja uma repetição de 2012, que profissionalmente foi muito produtivo.
Quais lugares que não percorri ainda? Qual é minha zona de conforto? Como sair dela?

Uma coisa que certamente irei fazer muito este ano é ir para a rua. Não importa com o que!
Quero experimentar a rua, como um elemento de pesquisa para o teatro - mas nesse processo levar um pouco de cor e diversão para a rua. Não precisa ser com teatro de rua, com estruturação dramática... Performance, processos, intervenções, laboratórios.... Quero a RUA como base para o trabalho de 2013.