Caxias do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Diário online do ator Márcio Ramos - relatos, pensamentos, agenda, críticas...

sábado, 29 de outubro de 2011

Relatos sobre a pré-estréia

Que loucura, minha gente.
PARIMOS O FAUNO!

O dia de ontem foi bem calmo, tudo dentro do cronograma. Até às 21h. Depois das 21h parece que o tempo voou. Quando vi, eu já estava tendo que me aquecer, apressado, para colocar o figurino, maquiagem, cabelo, para realizarmos um ensaio com a luz e som.
Se eu fechar os olhos, tenho a impressão de estarem todos correndo, organizando coisas na corrida, e eu tinha que ficar de fora de tudo, só passando as cenas (bem marcação mesmo) para afinarmos a luz e som.
Na metade da passada, os convidados começaram a chegar. O nervosismo aumentou. Eu comecei a esquecer do texto. A luz começou a ser operada individualmente e eu teria de procurar a luz durante a apresentação. O pessoal subia e descia correndo, já organizando a entrada dos convidados. Eu ali no meio da peça, numa sensação estranha, como se não fosse apresentar dali uns 30min.

Esses 30min então...passaram numa piscada. Acabei a passada, nos desejamos boa sorte e fui para meu local inicial da entrada da peça. Lá, eu comecei a pensar: "Nossa! Tanta correria o ano todo, para esse momento ser tão corrido, quase que banal!". Mas nao teria como a apresentação ser banal.

Graças aos Deuses, deu tudo certo! Para uma pré-estréia, cheia de tensão (como todos sabem), com uma platéia só de pessoas craques na seleção cultural da cidade, diria que foi muito bom.
Claro que tiveram alguns momentos fracos, pra mim: me machiuquei com a flauta no peito (ficou bem feio), eu estava muito afobado, o público - que deveriam sentar nos lugares marcados com almofadas, sentaram no cenário, fazendo uma disposição quase que de arena - o que modificou TODA minha movimentação, eu sempre tinha alguém atrás de mim, o jogo - que já era delicado - ficou mais difícil ainda.
Mas tentei me divertir, divertir eles, não pensava muito em mostrar um momento determinante para a sobrevivencia dos humanos. Estava ali, apenas para mostrar e contar histórias dele.
O final também foi complicado, alguns fios se soltaram antes do fim, daí na finaleira eu não tinha mto cenário para jogar...huahuahua. Pra quem estava vendo, não fez falta. Mas pra mim, eram coisas que na hora eu tinha que jogar diferente. O fim, realmente, não curti fazer. Achei de decaí muito.

Mas... Nasceu!
Depois, no debate, ouvimos coisas muito legais. É tão bom ver e confirmar que o esforço, o trabalho suado e difícil é notado e degustado com prazer pela platéia. Saí de lá leve!

Hoje teremos mais uma sessão, com público geral. Quero me divertir mais e conquistar mais os momentos decisivos da peça. Jogar, acredito que esteja jogando. Quero ta

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